quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Orquídeas em extinção. O que fazer?

Lamentavelmente uma notícia muito triste que não gostaria de informar! Muitas, mas muitas , entre outras famílias da flora brasileira, estão na lista de extinção publicada no DOU do dia 24/09/2008, segundo estudo esta "lista foi fruto do Convênio Ibama/Fundação Biodiversitas nº 46/2005 que teve como objetivo a realização de pesquisas e estudos que subsidiaram a atualização da Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção, a partir de várias discussões coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente. Houve um aumento significativo do número de espécies em relação à lista anterior (Portaria Ibama nº 37/1992), isso não só pela degradação ambiental, mas principalmente pelo aumento do conhecimento sobre a flora brasileira pelos trabalhos da comunidade científica". Segundo o diretor da Diretoria de Uso da Biodiversidade e Florestas, Antônio Carlos Hummel, “a publicação dessa lista fornecerá subsídios importantes para as ações de políticas públicas dos órgãos ambientais e de comando e controle ”. http://www.ibama.gov.br/

Abaixo relacionamos a lista de Orchidaceas em extinção:


Campylocentrum pernambucense Hoehne AL, PE - Mata Atlântica

Catasetum uncatum Rolfe (Rabo-de-tatu) PE Mata Atlântica
Cattleya dormaniana Rchb.f. RJ Mata Atlântica
Cattleya granulosa Lindl. AL, BA, ES, PB, PE, RN Mata Atlântica
Cattleya labiata Lindl. AL, CE, PB, PE, SE Caatinga /Mata Atlântica

Cattleya schilleriana Rchb.f. BA, ES Mata Atlântica
Cattleya tenuis M.A.Campacci & P.L.Vedovello BA Caatinga
Cattleya velutina Rchb.f. ES, MG, RJ, SP Mata Atlântica
Cattleya warneri T.Moore BA, ES, MG Mata Atlântica
Chaubardia heloisae (Ruschi) Garay ES Mata Atlântica
Cleistes carautae Toscano Brito & Leon MG Mata Atlântica Constantia cipoensis Porto & Brade MG Cerrado
Constantia microscopica F.E.L.Miranda MG Cerrado
Galeandra curvifolia Barb.Rodr. PA Amazônia
Habenaria itacolumia Garay MG Cerrado
Masdevallia gomesiiferreirae Pabst PE Mata Atlântica
Pabstia schunkiana V.P.Castro ES Mata Atlântica
Phragmipedium lindleyanum (Sapatinho) (R.H.Schomb. ex Lindl.) Rolfe AL, BA, PE Caatinga /Mata Atlântica
Phragmipedium vittatum (Sapatinho) (Vell.) Rolfe DF, GO, MG, PR, RJ, SP Cerrado /Mata
Atlântica
Pleurothallis gomesiiferreirae Pabst AL, PE Mata Atlântica
Pseudolaelia cipoensis Pabst MG Cerrado
Pseudolaelia citrina Pabst ES, MG Mata Atlântica
Scuticaria itirapinensis Pabst SP Cerrado
Sophronitis brevipedunculata (Cogn.) Fowlie MG Cerrado
Sophronitis endsfeldzii (Pabst) van den Berg & M.W.Chase MG Cerrado
Sophronitis fidelensis (Lélia-de-são-fidelis) (Pabst) C.Berg & M.W.Chase RJ Mata Atlântica
Sophronitis jongheana (Lélia) (Rchb.f.) van den Berg & M.W.Chase MG Cerrado /Mata
Atlântica
Sophronitis kautskyi (Pabst) van den Berg & M.W.Chase ES Mata Atlântica


Sophronitis lobata (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase RJ Mata Atlântica

Sophronitis perrinii (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase ES, MG, RJ Mata Atlântica
Sophronitis tenebrosa (Rolfe) van den Berg & M.W.Chase BA, ES Mata Atlântica
Sophronitis virens (Lindl.) C.Berg & M.W.Chase ES, MG, RJ Mata Atlântica (Lélia-verde)
Sophronitis xanthina (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase BA, ES Mata Atlântica
Thelyschista ghillanyi (Pabst) Garay BA Caatinga


O que fazer?


É preciso um trabalho conjunto e intensivo das associações orquidófilas no Brasil com os órgãos de preservação ambiental, incluindo o IBAMA, SEMACE, EMBRAPA e Ministério do Meio Ambiente no sentido de financiarem laboratórios de semeadura, objetivando repor estas orquídeas na Mata Atlântica e cerrado. Uma conscientização maior nas escolas e faculdades. Mais do que isto, um monitoramento de preservação das áreas ainda intocáveis. Leis mais severas para quem retira e comercializa plantas da natureza, exceção para trabalho técnico-científico. Não adquirir plantas que venham da mata e denunciar aos órgãos competentes. O que não podemos é deixar nossas orquídeas virarem dinossauros.
Habitát de Cattleya intermedia no RS destruído. Foto: Luiz Carlos Oliveira.

domingo, 21 de setembro de 2008

É tempo de exposição!




O Nordeste, a exemplo do Sudeste e Sul do país, vem apresentando excelentes exposições nacionais de orquídeas. Este ano já aconteceu a de Aldeia-PE., Campina Grande-PB e Natal e chegou a vez de Salvador ( 19, 20 e 21 de setembro). A O.B.A. - Orquidófilos Baianos Associados fará sua I Mostra no Palácio das Artes, num belíssimo prédio em Salvador.



Já a A.P.O. - Associação Paraibana de Orquidófilos fará sua XXIII Exposição de Orquídeas no Shopping Tambiá no período de 26 a 28 de setembro de 2008. Mais uma vez o Orquidário Flores do Lago estará presente vendendo muitas espécies e aqueles híbridos que ninguém resiste.







Nos dias 17, 18 e 19 de outubro será a vez da ASSOPE-Associação Orquidófila de Pernambuco que estará realizando a XXIX Exposição de Orquídeas em sua sede, à Rua dos Palmares, 831 - Santo Amaro. No convite uma belíssima Cattleya granulosa de Odilon Cunha. O orquidário comercial convidado será o Flores do Lago, da cidade Patos de Minas - MG. que estará promovendo a venda das mais diversas espécies e belíssimos híbridos. Durante o eventos teremos (sábado 18/10 às 11:00hs) uma palestra ministrada por LOU MENEZES, Engenheira Florestal e Analista Ambiental do Orquidário Nacional do IBAMA, com o tema "Conservação de Habitats". Dando sequência, teremos no domingo (19/10 às 10:00hs) uma palestra sobre "Diversidade de substratos e cultivo", ministrada pelo Profº. Carlos Eduardo.Maiores informações: lindonbarros@gmail.com


No mesmo período a Associação Orquidófila e Bromeliófila de Alagoas, realizar a VII ExpoAOBAL, no Flora Atlântica, Av. Silvio Carlos Vianna, 1515. Contato pelo telefone: (82) 3327.5333 ou Cel. 9104.0280 (Rafael).












A ACEO - Associação Cearense de Orquidófilos realizará o II FestOrquídeas de Fortaleza, prometendo superar o sucesso do ano passado. Acontecerá nos dias 14 a 16 de novembro de 2008, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Espaço moderno e belíssimo, reune cinema, teatro, anfi-teatro, planetário, exposições permanentes, mostras, feiras e tudo que diga respeito ao regionalismo e a cultura de um povo. Anote em sua agenda para não perder o maior evento de Orquidofilia em Fortaleza. Além de três dias de oficinas de orquídeas, ministradas pelos próprios associados, contaremos com a presença do escritor René Rocha, Areado-MG., que estará proferindo palestra intitulada "ABC do Cultivo de Orquídeas". Terminada a palestra você vai dar boas risadas do tempo que matava suas plantinhas, é que o professor ensina de uma forma didática, descomplicada e bem humorada a maneira mais simples de se cultivar uma orquídea.









Este livro, diga-se de passagem, está excelente, estará à venda no local e poderá ser autografado pelo mesmo. Fortaleza, "a loira desposada do Sol", receberá ilustres visitantes do Nordeste e de outras regiões do país, para prestigiarem o evento e voltarem encantados com as orquídeas e com a bela cidade de Iracema.

Representação em Fortaleza do livro "ABC do Orquidófilo para uma, várias e muitas orquídeas",
JÁ À VENDA: Juliana e Vera Coelho - veracoelhov@gmail.com ou juliana9coelho@gmail.com ou ainda pelo telefone: (85) 3252.8689. Despachamos para todo o Brasil.






sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um questão de insolação!

Pois é, amigos. A Vera me convidou para escrever uma história para o blogue "Orquidário Terra da Luz". Pois agora ela vai ter que me agüentar. Todo mês vou escrever alguma coisa, até ela me mandar parar. Hehehehehehehehe!
Na verdade, eu tenho meu blogue: o "blogdojf" ( www.blogdojf.blogspot.com ). Só que é um blogue de temas gerais e, ali, normalmente, não conto os "causos" relacionados às orquídeas, embora chegue a anunciar as exposições. Dessa forma, estarei reservando os "causos orquidófilos" para o "Orquidário Terra da Luz", inclusive resgatando algumas histórias já publicadas nas listas de discussão.
Para quem não me conhece, sou o JF (ou José Francisco Vannucchi, para os cerimoniosos).
Orquidófilo desde 1971, em abril de 1972 me filiei ao Círculo Paulista de Orquidófilos, de São Paulo/SP, tendo oportunidade de conviver com inúmeros orquidófilos antigos do Sudeste. Atualmente, sou moderador das listas de discussão "Orquídeas-Mundo Orquidófilo" e NESO e moderador "regra três" nas listas "Cactos e Suculentas" e "Mundo das Bromélias". Desde dezembro de 2007, moro em Itatiba/SP e sou filiado, atualmente, ao Clube Amigos da Orquídea-ViVa, de Vinhedo/SP.

Mas, chega de papagaiada e vamos à primeira história, esta bem curtinha.

Estávamos ali pela segunda metade dos anos 70. Um dos sócios do CPO, jovem advogado, orquidófilo entusiasmado, o Moacir Liveraro, grande amigo do qual não tenho notícias há bastante tempo, morava em um sobrado com pouquíssimo espaço para as orquídeas. Porém, como todo orquidófilo possui "coração de mãe", onde sempre cabe mais um, o Moacir também tinha uma quantidade de plantas bem maior que o espaço disponível. Mas, ele se ajeitava.

Certo sábado, pela manhã, fui à casa do Moacir e o encontrei pronto para cumprir sua rotina semanal de oferecer sol às suas orquídeas, tarefa bastante difícil em seu apartamento pequeno.


Para tanto, ele havia mandado fazer, por um carpinteiro, duas caixas de madeira, com alças e laterais baixas, tal como cestas, e, nessas "cestas", ele ajeitava suas plantas e saia pelas ruas do bairro, levando-as para passear e tomar sol.

Isso é o que podemos chamar de criatividade de orquidófilo. Não sei se, com o passar dos anos, a solução engenhosa teve resultados positivos. Mas, pelo menos, o Moacir "andava", o que, convenhamos, é muito bom para a saúde.

Abração,
JF
Itatiba/SP

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Beleza e perfume aliada a decoração de ambientes interiores.



Ter uma casa arrumada, limpa, móveis no canto certo, paredes e móveis com tons claros e detalhes em tons vibrantes ajudam a iluminar o ambiente, criando um agradável contraste. Este contraste pode perfeitamente ser feito com o uso de orquídeas. Seja na mesinha de centro, móvel, cantoneira, mesa lateral, mesa de jantar, rack, próximo a espelho decorativo ou em cestos no chão, as orquídeas irão dar alegria, requinte e perfumar seu lar ou escritório.


De acordo com Feng Shui as flores são um grande indicativo de simpatia. Elas parecem falar as pessoas "Vocês são bem vindos, a casa está enfeitada para recebê-los". Você pode até ter colocado as flores para agradar a si mesmo, mas saiba que o que vc fizer de bom, está refletindo para os outros também.

As flores são mensageiras e cada cor tem o seu simbolismo: amizade, respeito, gratidão, ciúme, dedicação, prosperidade, paz, amor, paixão...
Como falei anteriormente algumas orquídeas são perfeitas para ambientações pois suas flores são duradouras e atrativas. Escolha plantas com hastes médias a longas para que as flores consigam sejam vistas.

Aqui relaciono orquídeas quem podem decorar ambientes internos quando estão floridas:Catteya espécie e hibridos, Laelia espécie e hibridos, Coelogyne, Cymbidium, Dendrobium engae, Dendrobium falcorostrum, Dendrobium gracilicaule, Dendrobium kingianum, Dendrobium nobile e hibridos, Zigopetalum, Oncidium flexuosum (Chuva de ouro), Oncidium lanceanum, Oncidium ornithorhynchum e Sherry Baby, Miltonias espécies e hibridos, Paphiopedilum, Phalaenopsis, Doritis e Brassia.

Deixe o perfume das orquídeas invadir e se espalhar livremente por sua casa, juntamente com a luz do sol todas as manhãs.

Texto: Juliana Coelho
Fonte: Brank´s. David P - Cultivo de Orquídeas Propagação y variedades
Revista Bons Fluidos nº7 ano 1999 Ed. Abril

Adubação: Necessidades e Cuidados nas Orquídeas


1. INTRODUÇÃO

As orquídeas epífitas são, por sua natureza, tão pouco exigentes que sobrevivem com o mínimo de elementos nutritivos que o seu 'habitat" aéreo lhe oferece, entretanto, abundantemente sob a forma de minúsculas partículas de poeiras e detritos vegetais oriundos dos raminhos e folhas em vias de decomposição, bem como de inúmeros microseres mortos e dejeções das aves que pousam entre as touceiras das orquídeas.
Se é verdade que nas árvores do seu habitat, as orquídeas se acham expostas a todas as intempéries, não é menos verdade que se encontram bem protegidas contra os raios
escaldantes do sol do meio-dia, pelos ininterruptos movimentos das folhagens da árvore que lhe serve apenas como suporte (hospedeira).
Os sulcos profundos que percorrem a casca rugosa em todas as direções oferecem às raízes, a necessária sombra e frescor. As águas da chuva, descendo ao longo das hastes e troncos, desprendem e arrastam minúsculas frações de casca de árvore, poeiras, excrementos de aves, insetos mortos, folhagem secas, que se alojam nas rugas e fendas da casca, onde se constituirão em uma verdadeira fonte de material orgânico, os quais irão liberar os nutrientes e compostos orgânicos durante a fase final de sua decomposição, através das chuvas e do orvalho noturno. Devemos salientar que este material orgânico é renovado continuamente e que sempre estará a disposição das plantas quando estes estiverem solubilizados.
Nas matas, períodos de neblinas densas envolvem a planta toda num véu refrescante, cuja umidade se infiltra entre os pequenos ramos de musgos, líquens e himenofiláceas que formam um tapete refrescante ao redor do pé da orquídea, onde se condensam e se transformam num reservatório de água, de onde a planta a retira em caso de necessidade. Porém, as neblinas passam tão depressa como vêm, ficando desta maneira afastado o perigo que a planta sofra de umidade excessiva. Além da abundância de luz, há a abundância de ar, porém, os ramos e as folhagens das árvores protegem as orquídeas contra as grandes ventanias e correntes frias de ar, que são por elas desviadas ou enfraquecidas. Entre os pseudobulbos, depositam-se poeiras de origem bem diversa, tais como folhas secas, galhos mortos, excrementos de aves que visitam as touceiras das orquídeas , bem como os cadáveres de inúmeros micro e macroseres, cujo conjunto constitui numa inesgotável fonte de material orgânico, que se renova sem a mínima interrupção. Assim, explica-se como as orquídeas, no seu habitat natural, prosperam admiravelmente. Porém, quando cultivamos essas maravilhosas plantas longe de seu habitat natural (onde a mãe natureza lhe fornece a proteção e a sua alimentação de modo equilibrado e balanceado), procuramos imitar ao máximo o ambiente em que vivem, bem como, adotar uma adubação química/orgânica que reflita ao máximo o sistema de nutrição que ocorre na natureza e assim cresçam vigorosas e saudáveis.

2. FALANDO SOBRE O HABITAT DAS ORQUÍDEAS
Para falarmos sobre a adubação de orquídeas, devemos compreender o ambiente em que
elas vivem, pois, através da observação do seu habitat (quando possível) é que são adotados os seus tratos culturais, tais como: as regas (freqüência e quantidade), a escolha do substrato, o local ideal para cultivá-la, a luminosidade mais adequada, a umidade atmosférica mais adequada, a correta adubação através de adubos químicos (pó granulado ou líquido) e orgânicos em termos de dosagem (quantidade) e freqüência (intervalo em que se deve fornecer os nutrientes. As orquídeas são as que possuem como habitat as árvores e como tais são chamadas de epífitas (orquídeas, bromélias, cactos tropicais), um termo designado a todas as plantas que se desenvolvem nos troncos das árvores, em busca do sol para realizar a fotossíntese e sintetizar o seu próprio alimento. Por serem autosuf'icientes quanto à síntese do alimento, elas não podem ser chamadas de plantas parasitas (definição para seres vivos que utilizam um hospedeiro de onde retiram o alimento que ele sintetiza). As orquídeas epífitas atuais, para sobreviverem nas árvores, onde há escassez de água e nutrientes (ambiente equivalente a um deserto) desenvolveram mecanismos físicos e fisiológicos para se adaptarem a essas condições adversas ao longo do processo evolutivo de milhões de anos. A falta de água por períodos longos, selecionou plantas com a capacidade de absorver água em grande quantidade e em pouco tempo. Houve uma seleção de plantas que mantinham os estômatos fechados durante o dia, o que resultou numa diminuição drástica da transpiração durante esse período (absorvem e acumulam o gás carbônico - CO2 - durante a noite na forma de um composto orgânico de quatro carbonos quando os estômatos estão abertos, para que durante o dia, na presença do sol, haja a síntese de carboidratos, mesmo com os estômatos fechados); desenvolveram a capacidade de acumular água e nutrientes em estruturas chamadas de pseudobulbos; a utilização eficiente dos nutrientes, em pequenas quantidades que estão disponíveis quando há período de chuvas e/ou orvalhos à noite (solubilização para tornar os nutrientes assimiláveis).

3. POR QUE ADUBAR AS ORQUÍDEAS:

As orquídeas, quando cultivadas em ambiente artificial, mais cedo ou mais tarde precisarão receber todos os nutrientes essenciais através de uma adubação balanceada e em doses homeopáticas. No cultivo artificial, quando se usa um substrato que possua todos os nutrientes(ex.: fibra de xaxim) a adubação se fará necessariamente no segundo ano de cultivo, devido ao esgotamento dos nutrientes presentes no substrato (causados pela absorção e lixiviação). Porém, quando o substrato utilizado for de baixa ou de nenhuma fertilidade, a adubação será necessária desde o início do plantio, quando esta estiver enraizada, pois a única fonte externa de nutrientes será dada através da adubação artificial (quando cresce no seu habitat natural, a própria natureza fornece a alimentação necessária para o desenvolvimento da planta). Uma vez diluído o adubo químico(pó/líq.) ou o adubo orgânico (em forma de calda) na água, poderá ser utilizado tanto para regar os vasos, como utilizar nas pulverizações das orquídeas. Quando a adubação for através da rega dos vasos, a freqüência entre elas será mensal. No intervalo entre as adubações, será regada com água pura para retirar o excesso de sais que porventura tenha se acumulado. No caso das pulverizações, a freqüência será de uma semana, sendo que no intervalo será feita pulverizações com água pura, para que não haja o acúmulo de sais na parte aérea da planta. Independente do tipo de adubo químico(pó/líquido), devemos escolher aquele que possua todos os elementos químicos essenciais para um desenvolvimento saudável. Uma vez escolhido o adubo químico, a freqüência da adubação e a necessidade das doses homeopáticas, fica uma dúvida:
Qual é a quantidade ideal para que a concentração dos nutrientes na água seja "homeopática"?
A quantidade ideal gira em torno de 0,5 a 1,0 grama/litro de água ou de 0,5 a 1,0 ml/litro de água pura. Nessa quantidade, os nutrientes ficam tão diluídos (na ordem de parte por milhão - ppm) na água, que a sua concentração é muito inferior a concentração plasmática das células do tecido das orquidáceas. Nessas condições, possibilita que a planta selecione os nutrientes de que necessita, e evita-se que os sais entrem na planta por osmose, ou seja, de uma concentração elevada de sais na água das regas, a planta absorverá sem controle uma grande quantidade de sais e perderá água em contato com a solução concentrada.

4. SOBRE OS NUTRIENTES QUE AS ORQUÍDEAS NECESSITAM:

4.l. Nutrição vegetal:

As orquídeas, como seres vivos que são, para se desenvolverem e florescerem
adequadamente (em cultivo artificial ou no seu habitat) necessitam retirar do meio que as rodeiam as substâncias que são necessárias ao seu metabolismo.
. A alimentação das orquídeas dá-se por três meios distintos: Pelas raízes, absorvendo todos os elementos químicos (compostos orgânicos resultantes da decomposição da matéria orgânica e dos macro e micronutrientes dissolvidos na água das chuvas, das regas ou do orvalho).
• Através dos estôrnatos da superfície das folhas, e em especial da sua face inferior, que absorvem líquidos que podem conter elementos nutritivos.
• Por fim, assimilando pelos poros/estômatos de sua superfície o gás carbônico (CO2) presente na atmosfera. A absorção de alimentos pelas raízes só é possível se as plantas possuirem raízes desenvolvidas e saudáveis; por isso a adubação não faz efeito quando são recentemente transplantadas ou mal enraizadas. Podemos afirmar que a fibra de xaxim contém todos os elementos necessários para a perfeita e completa alimentação da planta, pelo menos durante o primeiro ano de plantio. Depois, sente-se um lento esgotamento do substrato em conseqüência principalmente da lavagem de substrato pelas regas excessivas e pelas chuvas prolongadas ou muito fortes. Depois, pela decomposição da matéria orgânica do substrato, a perda é substituída, porém, esta substituição tem um limite, e depois de um ano, estando a orquídea já bem enraizada e viçosa, começa a faltar-lhe o alimento. Orquídeas cultivadas em estufas ou em terraços, onde não recebem chuvas, não estão sujeitas a essa perda de nutrientes e por isso demonstram geralmente maior vigor. A partir do segundo ano, depois do transplante, é vantajoso aplicar-lhe adubos químico (fornece os macro e micronutrientes) e orgânico (fornece os compostos orgânicos) para suprir a sua falta. O adubo químico ideal, como foi dito, deve conter todos os elementos químicos balanceados, e deve ser aplicado diluído na água em quantidades homeopáticas, tanto para as regas (a cada 2/4 meses) ou em pulverizações (a cada uma/duas semanas). Quando se faz uma adubação correta, a planta se beneficia, porém, uma excessiva/freqüente adubação torna-se prejudicial. Portanto, a adubação química/orgânica correta é de fundamental importância para que as orquídeas cresçam saudáveis e vigorosas.

4.2.Os nutrientes que as orquídeas necessitam:
Para que haja um crescimento vigoroso e saudável, as orquídeas necessitam de um grupo de substâncias químicas denominado elementos essenciais e recebem habitualmente as designações de elementos nutritivos ou de nutrientes vegetais.
Mas o que são e quais são os nutrientes essenciais?
Segundo o critério proposto por Arnon e Stout, para ser considerado essencial, um elemento nutritivo deve satisfazer as seguintes condições:
a sua presença é indispensável para que a planta possa completar o seu ciclo vegetativo; desempenha na planta funções específicas e, por isso, não pode ser substituído por qualquer outro; está envolvido no metabolismo da planta, seja de modo direto (constituinte de substâncias vitais), seja indiretamente (catalisador, osmorregulador etc.).
De acordo com esse critério, os nutrientes essenciais seriam os seguintes elementos químicos:
Carbono(C); Oxigênio(O); Hidrogênio (H); Nitrogênio (N); Fósforo (P); Potássio (K); Cálcio (Ca); Magnésio (Mg); Enxofre (S); Ferro (Fe); Manganês (Mn); Zinco (Zn); Cobre (Cu); Boro (B); Molibdênio (Mo); Cloro (CI); Cobalto (Co); Silício (Si).
De todos esses elementos químicos, deve-se estabelecer uma diferença entre um grupo
formado pelo carbono, oxigênio e hidrogênio e os restantes. De fato, esses três elementos, embora absolutamente essenciais para as plantas (encontrados em maior quantidade na composição das plantas), são retirados do ar (CO2) e da água (H2O) e a sua utilização pela planta não sofre a influência do homem. Por isso, esses três elementos químicos não são incluídos no grupo dos nutrientes vegetais.
De acordo com o que foi discutido, os elementos vegetais podem ser agrupados em:
Macronutrientes (são absorvidos em maior quantidade pelas plantas e, ressalvando que
estejam em equilíbrio com os outros nutrientes e em concentrações adequadas, não são
fitotóxicos): N, P, K, Ca, Mg, S;
Micronutrientes (são absorvidos numa quantidade pequena; em excesso são fitotóxicos):
Fe, Mn, Zn, Cu, Mo, CI, B, Si, NI, Na, Co.

5. ADUBOS: CONCEITO, DESCRIÇÃO E TIPOS.

Para constituir um adubo/fertilizante, um material qualquer deve conter um ou mais nutrientes de plantas, em forma disponível ou que possa ser por elas absorvidos. Os nutrientes, isto é, os elementos químicos considerados essenciais ao crescimento, desenvolvimento e produção das plantas, até o presente momento são 17:
macronutrientes: (N), (P), (K), (Ca), (Mg), (S);
micronutrientes: (B), (CI), (Cu), (Fe), (Mn), (Mo), (Zn), (Na), (Si), (Ni), (Co).
Nos adubos comerciais, todos os nutrientes, com exceção do P e K, vêm expressos em % na sua forma elementar. A concentração do fósforo vêm na forma de pentóxido de fósforo (P2O5%) e o K na forma de óxido de potássio (K2O%).
Os adubos químicos encontrados no mercado possuem inúmeras formulações (ex: 30-10-10,
7-9-5, 10-5-5 etc.) e são vendidos na forma sólida (pó para diluir na água e granulado) ou na forma líquida (para ser diluída em água pura).
Na maioria dos casos, os adubos possuem os macronutrientes e eventualmente alguns
micronutrientes (nem todos). Quando se fizer uma adubação, o certo é escolher aquele que possui todos os elementos químicos (macro e micro) e que seja de fácil manuseio (facilidade de medir quantidades com precisão).
Quanto à facilidade de se medir o adubo, o melhor é o líquido, a ser diluído na água pura para ser pulverizado nas orquídeas ou regado no substrato (mede-se através de conta-gotas - l5-l6 gotas correspondem a 1 ml de adubo líquido). Quando o adubo for sólido, há um inconveniente tanto para o pó quanto para o granulado. No primeiro caso, é necessário usar uma balança de precisão para medir gramas e no segundo caso (granulado), o adubo, quando colocado no substrato, prejudica-o, criando zonas de alta concentração de sais nas proximidades dos grânulos.


6. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

A falta ou o excesso de um determinado elemento provoca sempre a mesma manifestação
visível de anormalidade, qualquer que seja a espécie vegetal considerada, visto que as funções exercidas na vida da planta são sempre as mesmas: eis o princípio em que se baseia a diagnose visual como um método de avaliação do estado nutricional. Assim, a falta do elemento A deverá provocar sempre clorose nas folhas mais velhas; o excesso de B, por sua vez, causará sempre menor desenvolvimento do sistema radicular. A manifestação externa de uma carência ou excesso tóxico pode ser concebida como o último passo de uma seqüência de eventos, conforme segue:
Falta ou excesso ---- lesão molecular (inibição ou atividade enzimática excessiva, com a não formação ou acúmulo de metabólitos e consequentemente a não formação ou formação excessiva de compostos estruturais) ---- Alteração subcelular (parede, membrana, citoplasma, organela) ---- modificação celular ---- lesão no tecido ---- manifestação visível do sintoma. Como exemplo, podemos falar da carência de zinco:
O sintoma padrão ou denominador comum da carência de Zn é o encurtamento dos internódios e a razão disso é que o nutriente é necessário para a síntese do triptofano, que é o precursor do ácido indolil acético (AIA). Assim, os passos que levam a esse sintoma final é o seguinte: Lesão molecular (menor nível de auxina) ----- lesão submolecular (paredes menos plásticas)---- lesão celular (células menores) ---- lesão no tecido (conjunto de células menores, devido a inibição da enzima RNAse que leva a menor síntese de proteína e, portanto, menor divisão celular)---- manifestação visível (internódios curtos).

7. SINTOMAS DE FOME NAS PLANTAS

7.1. O que são sintomas de fome:

Observando a planta durante o seu desenvolvimento, tem-se às vezes um meio grosseiro, mas simples e prático para se determinar quais os elementos que estão faltando no substrato e, portanto, o que é necessário fornecer na adubação. É necessário porém, deixar bem claro o seguinte: na maioria dos casos há falta de nutrientes no substrato, só que a planta não manifesta os sinais de fome (manifestação visível na planta da deficiência nutricional).

7.2.Chave para identificar os sintomas de fome e/ou excesso:

(l) Plantas fracas; folhas de cor verde clara ou verde amarelada uniforme, inicialmente nas mais velhas; dormência de gemas laterais; folhas menores devido ao menor número de células; amarelamento e posterior queda das folhas traseiras.
Elemento deficiente: Nitrogênio (N)

(2) Plantas pouco desenvolvidas; folhas cor verde azulado; às vezes aparecem na planta tons vermelho-arroxeados; folhas amareladas, à princípio nas mais velhas, pouco brilhantes e eventualmente apresentando manchas pardas; gemas laterais dormentes; atraso no florescimento; número reduzido de flores.
Elemento deficiente: Fósforo (P)

(3) Clorose e depois necrose (cor de ferrugem ou marrom quase negro) das margens e pontas das folhas, inicialmente nas folhas mais velhas; deficiência de ferro induzida (obs.: excesso de K induz à deficiência de Mg).
Elemento deficiente: Potássio (K)

(4) Deformação nas folhas novas, resultado do crescimento não uniforme da folha e às vezes com um gancho na ponta (a ponta da folha deixa de crescer); raízes pouco desenvolvidas; manchas pardo-amarelas entre as nervuras que às vezes podem se unir e tomar a cor de ferrugem; morte das gemas em desenvolvimento; dormência das gemas laterais; manchas necróticas internervais; cessação do crescimento apical das raízes, podendo apresentar aparência gelatinosa.
Elemento deficiente: Cálcio (Ca)

(5) Clorose das folhas, geralmente começando e sendo mais severa nas mais velhas; clorose internerval (só as nervuras ficam verdes, enquanto que o espaço entre elas se torna amarelado, avermelhado ou pardacento); encurvamento das margens das folhas;
desfolhamento.
Elemento deficiente: Magnésio (Mg)

(6) As folhas mais novas apresentam clorose (cor verde clara) e eventualmente podem
apresentar uma coloração adicional (laranja, vermelho, roxo); necrose e desfolhamento; folhas pequenas; redução no florescimento; enrolamento das margens das folhas; internódios curtos.

(Obs.: excesso de S pode ocasionar clorose interval).
Elemento deficiente: Enxofre (S)

(7) Folhas pequenas com clorose internerval ou sem clorose, podendo apresentar
deformações; folhas mais grossas que o normal e quebradiças, com nervuras suberificadas (cortiça) e salientes, às vezes com tons vermelhos ou roxos; morte do meristema apical da gema em desenvolvimento; raízes com pontas engrossadas e depois necróticas e ramificadas; pode ocorrer ausência de florescimento (obs.: excesso de boro pode ocasionar a queima das margens das folhas, onde há acúmulo desse nutriente.
Elemento deficiente: Boro (Bo)

(8) Diminuição das folhas (primeiro sintoma); clorose, bronzeamento, necrose; raízes curtas e não ramificadas (obs.: excesso de cloro (Cl) causa a necrose das pontas e margens; amarelamento prematuro e queda das folhas.

(9) Folhas estreitas e quebradiças; folhas verde escuras inicialmente que tornam-se cloróticas nas pontas e margens. O excesso de cobre induz à deficiência de Fe; folhas com manchas aquosas, que tornam-se necróticas; morte precoce das folhas; diminuição no crescimento; cessação do crescimento radicular e radículas enegrecidas.
Elemento deficiente: Cobre (Cu)

(10) As folhas mais novas rnostram-se amareladas (clorose) e as nervuras apresentam-se com a cor verde escura o qual corresponde à distribuição do Fe no tecido. Obs.: o excesso de Fe causa manchas necróticas nas folhas).
Elemento deficiente: Ferro (Fe)

(11) As folhas mais novas mostram-se amareladas; as nervuras e uma estreita faixa de tecido ao longo delas permanecem verdes, ficando com aspecto de serem nervuras mais grossas; manchas pequenas e necróticas nas folhas; formas anormais das folhas. Obs.: excesso de Mn, a princípio, induz à deficiência de Fe.
Elemento deficiente: Manganês (Mn)

(l2) Clorose malhada geral, manchas amarelo-esverdeadas ou laranja brilhantes em folhas mais velhas e depois necrose (manchas relacionadas à distribuição do Mo); ausência de florescimento.
Elemento deficiente: Molibdênio (Mo)

(l3) Folhas novas pequenas, estreitas e alongadas; encurtamento dos
internódios; folhas com manchas amareladas e retorcidas. (Obs.: excesso de zinco induz à carência de Fe).
Elemento deficiente: Zinco (Zn)

(l4) Excesso do elemento químico causa uma diminuição no crescimento das raízes; raízes engrossadas e pouco ramificadas.
Elemento deficiente: Alumínio (Al)

8. FORMULAÇÕES DIFERENTES PARA CADA FASE DE DESENVOLVIMENTO

Para cada fase de desenvolvimento (repouso, vegetativo, reprodutivo) da orquídea, a planta irá exigir um determinado tipo de nutriente em maior proporção. Quando a planta for adulta e estiver na fase de repouso (em geral no final do outono
para o final do inverno) a adubação deverá ser bem espaçada, somente para repor os
nutrientes que são lixiviados pela água das regas (ex.: 7-9-5, 10-10-10).
Durante a fase vegetativa, quando a planta inicia o seu crescimento, a gema da orquídea que estava dormente, sai do seu estado letárgico e emite um broto o qual irá se desenvolver até formar o pseudobulbo (início da primavera até o final do verão). Nessa fase de intenso crescimento, o adubo ideal é o que contém alto teor de nitrogênio (30-10-10, 10-5-5), pois esse elemento químico é necessário para o desenvolvimento do tecido.
Nessa fase, o fósforo também será exigido em quantidade significativa para a translocação de nutrientes sintetizados nas folhas adultas para a gema em desenvolvimento. Por fim, na fase reprodutiva, quando o pseudobulbo estiver quase formado e com a espátula aparecendo (de onde originará as flores), a planta começará a exigir uma quantidade maior de fósforo para induzir um desenvolvimento vigoroso dos botões florais (7-9-5, 10-20-30), bem como induzir um bom enraizamento do(s) novo(s) pseudobulbo(s) como também dos antigos. Nessa fase, a planta exigirá uma maior quantidade de potássio, que têm uma função catalítica no metabolismo vegetal e é essencial para um bom florescimento.

9. COMO QUANTIFICAR O ADUBO A SER DILUÍDO NA ÁGUA:

Numa solução altamente diluída (dose homeopática), a penetração dos sais pela parede
celular se dará a custa da perda de energia (absorção ativa), isto é, a planta assimilará todos os nutrientes de que necessita e na quantidade que lhe convier. Essa absorção ativa, com gasto de energia, só será eficiente se na planta houver o elemento químico cálcio em quantidade adequada. Por outro lado, se na adubação a solução for muito concentrada (concentração citoplasmática inferior à concentração de sais na água da pulverização), a planta sofrerá uma desidratação e a concentração de sais atingirá níveis tóxicos, bem como não haverá um controle da entrada dos nutrientes (absorção passiva).
Para realizar uma adubação química correta, devemos saber que a concentração de sais
presente na água de diluição deverá ser inferior à concentração citoplasmática das células dos tecidos da planta. Porém, para facilitar a absorção dos nutrientes, o ideal seria que todos os elementos químicos estivessem já na proporção adequada.
Para sabermos qual será a quantidade aproximada a ser colocada na água das regas,
teremos que ter informações sobre a concentração dos nutrientes presentes nas plantas. Para termos alguns parâmetros, foi pesquisada na literatura a composição centesimal (Tienken, 1947) de uma orquídea (C. trianaei). Os dados apresentados, não correspondem aos de todas as orquidáceas e nem mesmo às plantas da mesma espécie, mas, servirá para elucidar o que foi proposto:

Análise centesimal:
Proteínas --------------------------- l6 ppm Cl (cloro) ------------------------ 14 ppm
P (fósforo) ----------------------- 103 ppm S (enxofre) ---------------------- 46 ppm
K (potássio) --------------------- 113 ppm Fe (ferro) -------------------------- 8 ppm
Ca (cálcio) ------------------------ l ppm Carboidratos ------------------- 246 ppm
Mg (magnésio) ------------------- 33 ppm Gordura ---------------------------- 1 ppm
Na (sódio) ------------------------- 41 ppm PH do extrato --------------------- 7,0

Observando a análise centesimal, verificamos que ao lado dos números há as letras “ppm”, que significa uma medida de concentração. As concentrações são expressas mais freqüentemente em "porcentagem" (%), isto é, através de indicação do número de partes constituintes existentes em 100 partes da substância. No entanto, quando se trata de constituintes que se encontram presentes em quantidades muito reduzidas, a fim de evitar o uso de um elevado número de decimais, é mais cômodo usar “partes por milhão”, abreviadamente indicadas por “ppm”, ou seja, o número de partes do constituinte existentes num milhão de partes da substância. As ppm equivalem a mg/1000 g ou, nas soluções aquosas diluídas, a mg/l. Para converter ppm
em %, divide-se por 10.000. Assim, uma concentração de 25 ppm corresponde a 0,0025%. Da % para ppm basta multiplicar por 10.000.

9.l.Cálculo da concentração em ppm do adubo diluído (líq./pó) em água pura:
De posse da concentração de nutrientes de uma orquidácea, basta calcularmos a quantidade (g/ml) do adubo a ser diluído na água pura para que ela seja inferior à concentração dos nutrientes da planta.
Para facilitar a discussão, a quantidade ideal, tanto para os adubos líquidos ou pó, gira entre 0,5 a 1,0 g/l ou 0,5 a l,0 ml/l. Nessa quantidade, a diluição em água pura proporcionará uma concentração inferior a concentração citoplasmática da planta.
A seguir, é feita a dedução da concentração de nutrientes de um adubo químico (líquido) quando se utiliza 1 ml do produto para 1000 ml de água pura:
Adubo 3-12-6

Nutriente Concentração (%) Concentração (ppm)
Nitrogênio (N) 3% 30.000

ppm
Fósforo (P2O5) 12% l20.000

pm
Potássio (K2O) 6% 60.000

ppm
Cálcio (Ca) 2%

20.000 ppm
Magnésio (Mg) 0,5000% 5.000 ppm
Boro (B) 0,0200% 200 ppm
Cloro (CI) 0,1000% l.000 ppm
Cobalto (Co) 0,0015% l5 ppm
Cobre (Cu) 0,0500% 500 ppm
Ferro (Fe) 0,1000% l.000 ppm

Manganês (Mn) 0,0500% 500 ppm
Moiibdênio (Mo) 0,0009% 9 ppm Zinco (Zn)

0,0500% 500 ppm Sódio (quelato-Na)

0,1000% l.000 ppm
Obs.: foi calculada a concentração em ppm, para todos os nutrientes do adubo
3-12-6 (ex.: 30.000 mgN / litro = 30.000 mgN / l.000 ml).

Quando retiramos l ml do adubo químico, a quantidade dos elementos químicos será o
equivalente a milésima parte, ou seja, 30 mgN / l20 mg P2O5 / 6OmgK2O / 20mgCa / 5mgMg / 0,2mgB / 1mgCl / 0,0l5mgCo / 0,5mgCu / 1mgFe / 0,500mgMn / 0,009mgMo / 0,500mgZn / lmgNa.
Quando diluimos o adubo líquido (l ml) em l litro de água pura (l.000 ml), concluimos que os valores encontrados correspondem a ppm na água (ex.: 30mgN/litro água = 30 ppm). De todos os nutrientes químicos, só dois estão na forma de óxidos e para converter em elementos químicos (P, K) basta fazer este cálculo: *Multiplicar P2O5 por 0,4364.

*Multiplicar K2O por 0,8302 Assim, a concentração em ppm dos elementos químicos correspondem aos seguintes valores encontrados em l m do adubo, o qual será diluído em l litro de água pura: (30ppmN) / (26,18525ppmP) / (24,90485ppmK) / (20ppmCa) / (5ppmMg) / (0,2ppmB) / (lppmCl) / (0,015ppmCO) / (0,5ppmCu) / (lppmFe) / (0,500ppmMn) / (0,0099ppmMo) / (0,500ppmZn) / (lppmNa).

10.COMPARANDO AS CONCENTRAÇÕES DA PLANTA COM A SOLUÇÃO PREPARADA:

Verificamos que alguns elementos químicos da solução nutritiva estão abaixo da concentração da planta (ideal) e algumas estão um pouco acima da concentração da planta. Como as plantas saudáveis têm a de realizar uma absorção ativa, os excessos de alguns nutrientes serão evitados. Apesar de alguns nutrientes estarem em excesso, a concentração total de sais na água das regas é inferior à concentração citoplasmática, a qual corresponde às doses homeopáticas que foram citadas no início do texto.
Para a espécie em questão, concluímos que o ideal seria utilizar uma quantidade menor que l ml de adubo. Para finalizar, a freqüência das adubações pode ser reduzida quando a diluição for mínima (diluições da ordem de centésimos de ml do adubo químico/litro de água), podendo ser utilizada em dias alternados. Obs.: no caso anterior, quando for utilizada uma quantidade de adubo em concentrações um pouco maiores, entre 0,5 - l,0 ml, a freqüência entre adubações deve ser semanal e nos intervalos deve ser usada água pura para retirar o excesso de sais que porventura possa acumular.

Juscelino Nobuo Shiraki
Engº Agrônomo – Abril/2000
Cattleya labiata Lindl. foto e cultivo: MRita Cabral

sábado, 13 de setembro de 2008

Vandas e afins


De origem asiática, as Vandas são orquídeas monopodiais de crescimento lento. Cultivadas penduradas em arames, em cachepôs ou vasos de plásticos, com ou sem substrato. Uso apenas pedaços de carvão para dar apoio e um pouco de sfagnum para manter a umidade. Não é uma orquídea exigente quanto ao cultivo, necessitando de umidade e luminosidade relativamente alta. Em regiões de temperaturas mais altas, é preciso borrifar duas vezes por dia as raízes, evitando desidratação das folhas. Aconselho manter sempre úmido o piso do orquidário.

Cuidado também para que as mesmas não sejam queimadas pelo Sol. Suportam o frio, desde que protegidas de geadas. Geralmente entram em dormência, desacelando o crescimento. Por terem raízes aéreas são exigente quanto a adubo foliar e radicular a base de fósforo, na fórmula 15-30-20, desta forma o caule crescerá para uma nova floração. Suas flores são atraentes, grandes, exóticas e de uma beleza peculiar, atingindo altos preços no mercado. As primeira flores surgem normalmente aos seis anos de idade e a partir daí florescem até quatro vezes no ano. Existe uma variedade de híbridos e todos encantadores. Se bem cultivadas, as Vandas terão uma haste longa e com muitas flores, bastando dar-lhes muita luminosidade, regas constantes e não faltar a adubação.

Por serem monopodiais, novas mudas surgem nas laterais da planta mãe, que podem ser retiradas quando atingirem três raízes. Da mesma forma que a Renanthera, as Vandas podem ser cortadas para não crescerem tanto, assim você terá uma nova muda, desde que o corte fique com pelo menos duas raízes. A planta mãe soltará novos brotos e ramificações.

Citando algumas espécies de Vandas: alpina, albuthnotiana, arcuata, bensonii, bicolor, bidupensis, brunnea, celebica, chlorosantha, coerulea, coerulescens, concolor, cristata, dearei, denosoniana, devoogtii, foetida, furva, fuscoviridis, griffithii, hastifera, helvola, hindsii, insignis, jainii, javierae, lamellata, leucostele, lilacina, limbata, lindenii, liouvillei, lisochiloides, lombokensis, luzonica, merilli, petersiana, pumila, punctata, roeblingiana, sanderiana, scandens, spathulata, stangeana, subconcolor, sumatrana, tessellata, testacea, thwaitesii, tricolor, vipanii, vightii.

São muitos os híbridos intergenéricos, citando apenas alguns:
Aeridovanda (Aerides x Vanda, Aranda (Arachnis x Vanda, Ascocenda (Ascocentrum x Vanda), Opsisanda (Vanda x Vandopsis). Há também cruzamentos de três ou mais gêneros, como: Burkillara (Aeridis x Arachnis e Vanda), Hagerara (Doritis x Phalaenopsis x Vanda), entre outros.

Texto: Vera Coelho

FONTE: www.orquidariosantabarbara.com
http://en.wikipedia.org

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cultivando Amizades.



Nestes oito anos que venho dedicando minha vida a orquidofilia, tenho convivido diariamente com orquidófilos do Brasil e de outros países, através das listas de discussão, revistas e exposições, que sem sombra de dúvida nos aproximam.














É cada vez mais intensa a vontade que o orquidófilo tem de deixar de ser virtual e se mostrar real, transmitir seus ensinamentos, dar suas dicas e naturalmente captar novos aprendizados. É incrível o feedbeck entre eles, não importando o seu grau de conhecimento, sua idade e profissão.


O orquidófilo tem um prazer nato também acolher alguém que o procure. Não sou diferente. O prazer que tenho em receber um amigo orquidófilo é tão grande quanto o de cultivar orquídeas.








No Tapuio, distrito de Aquiraz, distante 27 KM de Fortaleza, onde construí uma estufa, que a denominei de Orquidário Terra da Luz, e cultivo orquídeas, também em árvores, como a Cattleya labiata, Epidendrum ciliare, Oncidium ceboleta, Cattleya granulosa, Rodriguezia venusta e bahiensis, entre outra, venho recebendo com bastante freqüência orquidófilos locais e de outros Estados, que voltam encantados com a beleza do local, com as orquídeas cearenses e com a cordialidade do povo nordestino.













O segredo não está no Manual de Etiqueta Social, simplesmente no jeito simples e transparente que o cearense tem em receber, trocar uma orquídea e oferecer uma água de coco gelada, uma cajuína ou simplesmente um abraço para quem veio de tão longe.

Enquanto a carne assa na churrasqueira e a cerveja gela no congelador, o papo vai rolando entre um assunto e outro. Há quem venha para se demorar mais dias, então o convite é pernoitar e desfrutar do canto dos pássaros, apreciar a diversidade da flora e do amanhecer no sítio.



Aqueles que nos deram o prazer de uma visita, tem lugar garantido no meu coração, porque ficou uma amizade, que é preservada e cultivada com muito carinho.

Artigo: Vera Coelho

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Casca de Arroz Carbonizada


Quando o arroz é colhido e retirado o grão, a casca é jogada fora ou levada pelo vento causando sérios danos à natureza e ao meio ambiente. No entanto, este comportamento tem mudado, uma vez que estudos comprovam as propriedades da casca de arroz carbonizada no plantio de sementes, enraizamento de estacas e plantio de mudas. Altamente rica em silicio após a combustão protege as plantas contra doenças de origem fúngica, além de apresentar outras características físicas e químicas: densidade seca de 150g/l,capacidade de retenção de água de 53,9%, capacidade de troca de cátions de 5,5 meq/dl, Ph em água de 7,4, teor de sais solúveis de 0,7 g/l, 0, 7% de nitrogênio, 0,2% de fósforo e 0,32% de potássio. Segundo o Eng. Agrônomo Roberto Jun Takane,"Com a casca do arroz, o índice de doenças é 30% menor do que o registrado com a fibra do xaxim". Ao serem carbonizadas seu volume reduz em quase 50% e podem ser usadas com outros substratos, como a fibra de coco, casca de pinus, vermiculita, turfa, sfagnum, etc. Em plantas florestais, frutíferas, hortícolas e ornamentais a casca de arroz carbonizada pode ser adicionada à bagana (substrato a base da folhas da carnaubeira), terra vegetal, húmus de minhoca ou outros.Outras vantagens são: apresentam boa drenagem e ausência de plantas daninhas, nematóides e patógenos (da Costa, Mauro Corrêa, 2003).

Para carbonização das cascas de arroz, deve-se escolher um local plano, limpo, próximo à fonte de água e seguir as seguintes etapas:

Fazer fogo com lenha ou carvão no piso do local escolhido;
Pôr o cilindro carbonizador sobre o fogo e depois colocar a base de encaixe da chaminé sobre o cilindro carbonizador;
Colocar as cascas de arroz circundando o cilindro até a altura da base de encaixe da chaminé, de maneira que formem um cone de cascas de arroz;
Colocar a chaminé sobre sua base de encaixe, localizada na parte superior do cilindro carbonizador.
A partir de então, tem-se que ficar atento à saída do fogo na superfície da camada de cascas de arroz, tendo o cuidado de não deixar formar chamas. Para tanto, o operador, com o uso de uma pá, deverá retirar as cascas da base da camada (próximo ao solo) e colocá-las sobre os locais em chamas (pontos de fogo) da superfície da camada. Quando toda a camada de cascas estiver carbonizada, ou seja, escura como carvão vegetal, o operador deverá colocar mais cascas para continuar a carbonização, ou, com o uso de uma pá, afastar para o lado aquelas já carbonizadas e umedecê-las com água até certificar-se de que não há mais combustão, restando apenas as cascas de arroz carbonizadas.

Mês passado visitando um produtor de plantas ornamentais, vi fornos apropriados para a carbonização da palha de arroz e Sr. Francisco, o caseiro, nos mostrou todo o processamento. A palha é colocada sobre estes fornos e jornais são colocados em várias partes do monte de arroz e ateados fogo. A palha é mexida para ser queimada por igual, acrescentando novas porções até que se tenha toda a casca carbonizada. Jatos de água são jogados sobre a palha para apagar o fogo e fazer o resfriamento. Após a secagem, a casca é acondicionada em sacos plásticos.

FONTES: www.cultivodeflores.com.br
www.noticiasagricolas.com.br

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Primeira Mostra de Orquídeas em Salvador


A O.B.A.- Orquidófilos Baianos Associados foi fundada em 22 de junho de 1985,por renomados orquidófilos, como Urpia, Toscano, Rogério Matos, Sou e outros. As reuniões eram mensais, faziam exposições, sem venda, até que em 1998 as reuniões acabaram...Em junho de 2005 voltamos a nos reunir e a chama reacendeu, afirma Cristina Guerreiro Soares, presidente da associação.Com velhos e novos associados, inexperientes, mas com vontade de seguir em frente, estamos crescendo e amadurecendo com a ajuda de amigos.
Hoje a O.B.A. conta com 17 associados, que se reunem no último sábado de cada mês na UNISER, no km. 10 da Estrada do Côco, espaço cedido pela associada Cecília Régis Lins, vice- presidente e pessoa maravilhosa, onde fizemos o orquidário da O.B.A.
Temos muitos planos, estamos fazendo o nosso site, aguardando a doação de um terreno pela prefeitura de Lauro de Freitas para a construção de um Orquidário Municipal, damos aula para turmas de meio ambiente com o objetivo de ensinar a cuidar e à preservar a natureza. Ano passado a O.B.A. em conjunto com a Orchida Brasil, realizou a 1ª Exposição Nacional de Orquídeas de Salvador, evento cujo objetivo era divulgar e incentivar a preservação das orquídeas na Bahia. Seis orquidários comerciais estiveram presentes vendendo belíssimas orquídeas agradando o público que compareceu em peso.



Os associados expuseram belas espécies de sua coleção completando o sucesso da mostra. Este ano a A.B.O. realizará nos dias 19, 20 e 21 de setembro das 10h às 18h, a 1ª Mostra de Orquídeas no Palacete das Artes. O convite estampa uma belíssima Laelia sincorana, que habita a Serra do Sincorá-BA, orquídea de grande altitude. Cattleya amethystoglossa Foto e cultivo: Ilma Lima

Desde já desejamos pleno sucesso a mais um evento promovido pela O.B.A. Quem sabe um dia possamos comparecer e apreciar de perto as belíssimas orquídeas da Bahia, só para citar algumas Cattleya: amethystoglossa, aclandiae, elongata, guttata, harrisoniana, kerri, schilleriana, loddigesii,porphyroglossa, tenuis, warneri, entre outras. Encyclias: dichroma, alboxanthina, randii, osmantha..... Em relação as Laelia, a Bahia tem: alaori, bahiensis, grandis, sincorana, tenebrosa, xanthina.....E tantos outros gênero e espécies que tornam a Bahia um Estado rico em orchidaceas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Viagem à Natal!


Foram 537 Km pecorridos de Fortaleza à Natal, da "Terra da Luz" à "Terra do Sol", numa viagem tranquila, asfáltica, muito embora, trechos necessitem de reparos. A vegetação do Ceará de cajueiros, carnaubeiras, enquanto que a do Rio Grande do Norte se caracteriza por gigantescos mandacarus e arbustos.Saimos para exposição de orquídeas de Natal, uma cidade limpa, bonita e organizada. Depois de um banho de mar na praia de Ponta Negra, mergulhamos nas orquídeas.
Muitas variedades expostas, com destalhe para um vaso imenso de Ludisia discolor, que acabou ganhando o primeiro lugar. Não podia dar outra. Destaque também para um Dendrochillum cobianum. Muitos híbridos chamavam a atenção pelo colorido, boa forma e pelo tamanho! Mas as Vandas, pôxa, as Vandas estavam um show! Um show para os olhos e para a alma de um simples imortal!
Todo e qualquer evento, os amigos também se destacam pela atenção redobrada, pelo carinho e o jeito de receber. De cara encontramos o Cassiano Lamartine, que foi nos presenteando com orquídeas do Orquidário Flores do Lago. Muita coisa boa nos aguardava. Atendendo a seu convite,saimos eu, Ju e Sr. Toshio para visitar o seu orquidário, que em três anos aumentou muito o número de plantas. Uma Cattleya leopoldii chamava a atenção pelas pintas, formosa e perfumada. Muitas outras se mostravam, sem falar que na varanda da casa estava repleta de orquídeas floridas, híbridos que não cabiam na palma de minha mão. Cassiano tem alguns tronco de árvores repletos de orquídeas, do tipo que aguentam o sol inclemente do Nordeste.
Agradecemos os mimos recebidos e voltamos para exposição. E fomos encontrando os amigos, primeiramente os de João Pessoa, Zoraide,Eridan, Judite, Hugo, Sr. Toshio, Ovídio, depois os de Maceió, Rafael, Edson, Fernanda, que se justaram a nós para uma foto, Carlos Hipólito de Recife, representando a ASSOPE.



À noite chegou e lá estava Messias da ACEO, com o filho Fernando, uma sobrinha e um amigo, o Cel.Sartro com a esposa Ana. Uma festa estes encontros de amigos! No domingo, curtimos os filhos e nora na piscina do hotel, afinal ninguém vive só de orquídeas! Retornamos para exposição para encontrarmos a Cecília Pinto, uma orquidófila de conceito e muito querida por todos nós. Ao descermos do carro já avistamos o Italo, presidente da ACEO, e Teresa, sua esposa. Paramos ali mesmo na calçada para uma pose e seguiram viagem. Após vermos e fotografarmos a exposição, saímos para almoçar. Cecília nos convidou para conhecer seu cantinho de orquídeas em sua casa. Belo cultivo e o que mais me encantou foi a touceira de Renanthera coccinea florida num tronco. Nos presenteou com um híbrido feito por ela de uma Laelia purpurata "carnea" x Cattleya granulosa. Não tenho a menor idéia de como será a flor, mas uma coisa é certa, grau 10 pela iniciativa da amiga em fazer cruzamentos em casa, provando que tudo é possível, quando se tem vontade.
Com relação a exposição não posso deixar de comentar os stand´s de Adenium, suculentas e cactos, bromélias, roseiras e outras plantas, arranjos de helicônias, bonsai, acessórios para plantas. Tinha de tudo, daí o sucesso garantido de público, que prestigiou o evento nos três dias consecutivos do primeiro fim de semana de setembro.
Além dos stand´s, palestra de cultivo de orquídeas e uma oficina de bonsai. Retornamos para Fortaleza com menos dinheiro na conta, mas na certeza de desejarmos voltar em outras ocasiões, principalmente se o motivo for orquídeas.
Texto e fotos: Vera Coelho