Quando cheguei no Orquidário Terra da Luz hoje, muitas orquídeas estavam floridas, belos híbridos, Cattleya intermédia, Brassia rex, Oncidium lanceanum e uma pedindo para ser notada. Cheguei perto, olhei firme e vi duas florzinhas pequenas, menores que uma cabeça de fósforo. Na etiqueta lá estava Tetragamestrus modesta. Esta orquídea comprei a pouco tempo e já me proporciona emoções. As fotos não estão uma Brastemp, mas dá para se ter idéia de mais um gênero.
Pesquisando na internet, nada achei a seu respeito, fui no http://www.orchidstudium.com/, uma referência para consultas e nomes atualizados, e lá estava ela. Seu nome agora é Scaphyglottis modesta.
Scaphyglottis é um gênero botânico pertencende a família Orchidaceae e possui cerca de sessenta espécies. "Caracterizam-se pelo hábito de seus pseudobulbos crescerem acrescentando novos pseudobulbos sobre o ápice dos antigos, e eventualmente também em sua base, e pelas flores cuja coluna apresenta prolongamento podiforme. Muitas das espécies são extremamente parecidas e difíceis de distinguir, algumas poucas são claramente distintas. No Brasil existem espécies de todos os diferentes gêneros que hoje são considerados sinônimos de Scaphyglottis, exceto um (Platyglottis). São 15 as espécies de Scaphyglottis registradas para o Brasil.
Este gênero compreende pouco menos de setenta espécies distribuídas por ampla área que vai do sul do México até o sul da Bolívia e por todo o Brasil excetuada a região sul, desde o nível do mar até grandes altitudes nos Andes. Existem ainda em diversas ilhas do Caribe, sendo ali, usualmente, espécies endêmicas. Considera-se o sul da América Central onde a maioria das espécies ocorre, o seu centro de dispersão. São plantas epífitas ocasionalmente rupículas que costumam formar grandes conjuntos desorganizados, mais ou menos ascendentes ou também pendurados dos ramos das árvores. Habitam tanto as florestas quentes e úmidas de baixa altitude do litoral e da Amazônia e, com menos frequência, florestas secas dos planaltos. Poucas espécies são ocasionalmente encontradas em florestas de altitudes cheias de neblina matinal nos Andes e Costa Rica, geralmente em locais mais abertos e iluminados ou no alto das árvores.
O tamanho das plantas varia bastante. Existem espécies muito delicadas ou bastante robustas, que pouco passam de alguns centímetros ou capazes de chegar a quase um metro de altura, entretanto todas apresentam pseudobulbos alongados e estreitos, protegidos na base por inúmeras baínhas efêmeras, que permanecem por algum tempo depois de secas, sobrepostos em cadeias, nascendo uns dos ápices dos outros, ocasionalmente de suas bases, comportando até três folhas apicais. As folhas costumam ser pouco carnosas, estreitas e longas, algumas espécies apresentam folhas bastante carnosas e de secção quase perfeitamente redonda.
A inflorescência brota das extremidades dos pseudobulbos mas parece estar em suas articulações por reproduzir-se durante alguns anos no mesmo lugar a despeito de já existirem pseudobulbos mais recentes brotando do mesmo local. Podem ser racemosas ou paniculadas, com uma, poucas ou muitas flores aglomeradas ou espaçadas, simultâneas ou em sucessão, de cores discretas, raramente vistosas.
As flores são pequenas, geralmente brancas, creme, verdes, róseas, mas sempre pálidas e discretas, com exceção anotada para as flores do anterior gênero Hexisea, em sua maioria vermelhas; as pétalas e sépalas apresentam comprimentos aproximados porém as pétalas costumam ser mais largas que as sépalas, e o labelo usualmente é o maior dos segmentos florais, em regra de extremidade reflexa, preso ao pé proeminente da coluna e apresentando mento, frequentemente articulado, algumas vezes soldado à ela. A antera é terminal e contém quatro ou seis políneas. A antera é terminal e contém quatro ou seis políneas. Distingüem-se do grupo de gêneros mais proximamente relacionados, do qual Jacquiniella é o mais conhecido representante, pois estes últimos apresentam pseudobulbos caulíneos recobertos de folhas dísticas espaçadas, e flores cujas colunas são ápodas, ou seja não apresentam prolongamento na base, onde fixa-se o labelo.
A maioria das Scaphyglottis deve ser polinizada por insetos de língua curta uma vez que quase todas as espécies produzem néctar que acaba por se acumular no mento formado pela base do labelo e pé da coluna. As espécies provenientes do gênero Hexisea são possivelmente polinizadas também por beija-flores que sabidamente visitam plantas de flores vermelhas.
A inflorescência brota das extremidades dos pseudobulbos mas parece estar em suas articulações por reproduzir-se durante alguns anos no mesmo lugar a despeito de já existirem pseudobulbos mais recentes brotando do mesmo local. Podem ser racemosas ou paniculadas, com uma, poucas ou muitas flores aglomeradas ou espaçadas, simultâneas ou em sucessão, de cores discretas, raramente vistosas.
As flores são pequenas, geralmente brancas, creme, verdes, róseas, mas sempre pálidas e discretas, com exceção anotada para as flores do anterior gênero Hexisea, em sua maioria vermelhas; as pétalas e sépalas apresentam comprimentos aproximados porém as pétalas costumam ser mais largas que as sépalas, e o labelo usualmente é o maior dos segmentos florais, em regra de extremidade reflexa, preso ao pé proeminente da coluna e apresentando mento, frequentemente articulado, algumas vezes soldado à ela. A antera é terminal e contém quatro ou seis políneas. A antera é terminal e contém quatro ou seis políneas. Distingüem-se do grupo de gêneros mais proximamente relacionados, do qual Jacquiniella é o mais conhecido representante, pois estes últimos apresentam pseudobulbos caulíneos recobertos de folhas dísticas espaçadas, e flores cujas colunas são ápodas, ou seja não apresentam prolongamento na base, onde fixa-se o labelo.
A maioria das Scaphyglottis deve ser polinizada por insetos de língua curta uma vez que quase todas as espécies produzem néctar que acaba por se acumular no mento formado pela base do labelo e pé da coluna. As espécies provenientes do gênero Hexisea são possivelmente polinizadas também por beija-flores que sabidamente visitam plantas de flores vermelhas.
Tetragamestus: foi descrito em 1854 por Heinrich Gustav Reichenbach para o Tetragamestus modestus. Quatro foram as espécies atribuídas a este gênero, a última por Schlechter em 1818. As plantas deste grupo apresentam flores de labelo com mento muito menos evidente que nas espécies atribuídas aos outros gêneros. A espécie mais conhecida denominava-se Tetragamestus modestus, o que costuma causar confusão com o Reichenbachanthus modestus, que é um sinônimo da Scaphyglottis brasiliensis. Até hoje este nome é amplamente utilizado pelos orquidófilos, que ignoram a unificação deste gênero com Scaphyglottis.
Reichenbachanthus: Foi proposto por João Batista Rodrigues em 1882 ao descrever o Reichenbachanthus modestus. Seis espécies epífitas pendentes que ocorrem da América Central ao sudeste do Brasil, em matas úmidas e sombrias estiveram subordinadas a este gênero em algum momento. A última o foi em 1997 por Dressler. Podem ser reconhecidas pelas suas folhas e pseudobulbos roliços quase indiferenciados, em vez de pseudobulbos claramente marcados com folhas delgadas como nos outros gêneros, as flores no entanto pouco variam das de Scaphyglottis.
Os Reichenbachanthus são plantas com pseudobulbos caulinos redondos ramosos, alongados, com entrenós algo espessados, com folhas também roliças, de ponta aguçada, arqueadas, dificilmente distintas dos caules. Apresentam curta inflorescência apical, na extremidades dos caules e em seus nós, uniflora ou fasciculada, com flores pequenas.
As flores são pálidas, amareladas ou esverdeadas. Pétalas um pouco menores e bem mais estreitas que as sépalas de forma lanceolada. O labelo é inteiro ou levemente trilobado, plano, mas com ápice agudo ou bilobulado, não raramente reflexo, totalmente dobrado sob si mesmo, unido ao pé da coluna, onde se forma um mento constituído pelo citado pé e base das sépalas. A coluna é longa e espessa, com antera apical. Apresentam quatro políneas. Duas espécies registradas para o Brasil. Como há muitos homônimos entre estas espécies é importante saber seus sinônimos: uma da Serra do Mar, Reichenbachanthus modestus, originalmente classificada como Fractilinguis brasiliensis e Scaphyglottis brasiliensis, hoje Scaphyglottis reflexa e a outra do Norte da Amazônia, Reichenbachanthus reflexus ou Fractiunguis reflexus, hoje Scaphyglottis emarginata."
Reichenbachanthus: Foi proposto por João Batista Rodrigues em 1882 ao descrever o Reichenbachanthus modestus. Seis espécies epífitas pendentes que ocorrem da América Central ao sudeste do Brasil, em matas úmidas e sombrias estiveram subordinadas a este gênero em algum momento. A última o foi em 1997 por Dressler. Podem ser reconhecidas pelas suas folhas e pseudobulbos roliços quase indiferenciados, em vez de pseudobulbos claramente marcados com folhas delgadas como nos outros gêneros, as flores no entanto pouco variam das de Scaphyglottis.
Os Reichenbachanthus são plantas com pseudobulbos caulinos redondos ramosos, alongados, com entrenós algo espessados, com folhas também roliças, de ponta aguçada, arqueadas, dificilmente distintas dos caules. Apresentam curta inflorescência apical, na extremidades dos caules e em seus nós, uniflora ou fasciculada, com flores pequenas.
As flores são pálidas, amareladas ou esverdeadas. Pétalas um pouco menores e bem mais estreitas que as sépalas de forma lanceolada. O labelo é inteiro ou levemente trilobado, plano, mas com ápice agudo ou bilobulado, não raramente reflexo, totalmente dobrado sob si mesmo, unido ao pé da coluna, onde se forma um mento constituído pelo citado pé e base das sépalas. A coluna é longa e espessa, com antera apical. Apresentam quatro políneas. Duas espécies registradas para o Brasil. Como há muitos homônimos entre estas espécies é importante saber seus sinônimos: uma da Serra do Mar, Reichenbachanthus modestus, originalmente classificada como Fractilinguis brasiliensis e Scaphyglottis brasiliensis, hoje Scaphyglottis reflexa e a outra do Norte da Amazônia, Reichenbachanthus reflexus ou Fractiunguis reflexus, hoje Scaphyglottis emarginata."
Quanto ao cultivo, o que podemos informar:
"Antes de tudo, é importante informar-se sobre o local onde cada espécie habita na natureza, pois como há espécies de clima quente e úmido, de clima moderadamente seco, e de clima mais fresco e úmido. As condições de cultivo devem ser adequadas ao local ao qual cada espécie acostumou-se.
A grande maioria das espécies provém de clima quente e úmido e não apresentam dificuldades de cultivo na maior parte do Brasil. As Scaphyglottis de clima quente podem ser cultivadas da mesma maneira que são cultivadas a quase todas as espécies brasileiras, sem tratamento especial em um orquidário misto.
Podem ser plantadas em vasos com substrato bem drenado à base de cascas moídas, cortiça, cacos de carvão e perlita misturados, ou apenas em composto de fibras vegetais de boa qualidade. Podem-se também plantar em placas de fibra ou, quando de climas secos, em pedaços de cascas de árvores e neste caso com regas mais frequentes pois as cascas de árvore secam muito rapidamente.
As Scaphyglottis devem ser regadas de maneira mais ou menos uniforme ao longo do ano, as de clima seco exigem uma pequena diminuição nas regas durante o inverno. A melhor temperatura para estas espécies varia entre 10 e 35ºC e a luminosidade semelhante à adequada às Cattleya com sombreamento de sessenta por cento (60%).
A grande maioria das espécies provém de clima quente e úmido e não apresentam dificuldades de cultivo na maior parte do Brasil. As Scaphyglottis de clima quente podem ser cultivadas da mesma maneira que são cultivadas a quase todas as espécies brasileiras, sem tratamento especial em um orquidário misto.
Podem ser plantadas em vasos com substrato bem drenado à base de cascas moídas, cortiça, cacos de carvão e perlita misturados, ou apenas em composto de fibras vegetais de boa qualidade. Podem-se também plantar em placas de fibra ou, quando de climas secos, em pedaços de cascas de árvores e neste caso com regas mais frequentes pois as cascas de árvore secam muito rapidamente.
As Scaphyglottis devem ser regadas de maneira mais ou menos uniforme ao longo do ano, as de clima seco exigem uma pequena diminuição nas regas durante o inverno. A melhor temperatura para estas espécies varia entre 10 e 35ºC e a luminosidade semelhante à adequada às Cattleya com sombreamento de sessenta por cento (60%).
FONTE: http://www.wikipedia.org/
Fotos: Vera Coelho
3 comentários:
Que coisa boa suas orquídeas com flores. As minha catileás, nacionais, só dão folhas, muitas folhas mas flor que é bom...nada.As asiáticas florescem o ano todo.
Esqueci o link, desculpe
Magui, que prazer tê-la aqui. Que tal dar um pouco de luminosidade as suas Cattleyas nacionais para ter flores, pelo menos uma vez no ano! Se as asiáticas não a decepcionam, vamos descobrir os segredinhos das nossas. Que Cattleyas você tem? Abs, Vera
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