segunda-feira, 5 de julho de 2010

Aprendendo a Tutorar Orquídeas

Italo Gurgel

Quando as orquídeas crescem espontaneamente, as flores tendem a ficar voltadas para baixo, aglomeradas, ou escondidas entre as folhas. Este é um problema estético, que pode ser corrigido através do tutoramento. O tema foi discutido em recente reunião da  Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) que, para tanto, reuniu informções de fontes extremamente categorizadas.


Uma dessas fontes era o orquidófilo carioca Carlos G. Keller, cujas dicas sobre tutoramento foram publicadas pelo blog de Carla Bettoni  (http://carlabettoni.blogspot.com/). O que se segue é um apanhado das ideias de Keller, que organizou em 11 itens seus ensinamentos:

1) Assim que os botões saírem pela metade da espata, colocar o vaso em um local em que a luz venha só de frente. Com isso, todos os botões ficarão apontando para um mesmo lado à medida que o cacho vai saindo para fora da espata.

2) Escolha uma área do vaso que tenha poucas folhas, amarre as poucas folhas  daquela área para trás com cuidado, de maneira que a planta não perca a naturalidade. O espaço que vai se abrir é para as flores se expandirem. Esse espaço é o que você coloca do lado que vem o sol.

3) Plantas de boa qualidade geralmente possuem hastes logas e firmes, e flores bem espaçadas. Essas não precisam de tutor. Mas eu não vou dispensar nunca a luz vinda só de uma frente.

4) Tutorar o cacho com os botões assim que eles começarem a querer abrir. Antes é muito cedo e pode quebrar a frágil haste. Depois fica mais difícil de se levar a haste à posição desejada.

5) Usar tutor de varetas de arame, coberto de plástico verde escuro, assim quase não se vê, principalmente no caso de se querer fotografar a planta. Preso às varetas usar um tipo de arame flexível encapado.

6) Você também pode usar varetas de bambu (pintadas de verde) no lugar de varetas de arame. Elas ficarão
espetadas bem firme no substrato ou então amarradas  na borda interna do vaso, ou cachepot, com um arame fino.

7) Enrolar na ponta da vareta um arame encapado e chato, parecido com talharim. É necessário ter cuidado, pois a maioria desses arames ou é muito fraca ou tem as bordas cortantes e isso é perigoso para as hastes florais. Ele deve ficar bem firme, permitindo que você possa posicionar a haste floral sem que ela volte à posição original. Nunca torça a haste floral no seu eixo.

8) Faça sair da vareta um número de fios de arame compatível com as hastes florais. Geralmente um para cada flor, mas isso nem sempre é necessário. Você pode tutorar apenas as flores principais, as flores "guia". O arame tem que estar preso e torcido bem firme na vareta, de maneira a não rodar nem descer ao longo dela.

9) Aqui vem o TRUQUE: você tem que apertar com o indicador e o polegar, com firmeza, o arame junto da haste floral quando for fazer a torção desse arame ao redor da haste. Aperte o arame para ele não escorregar e dê uma volta acima. Aperte mais acima e dê uma segunda volta e vá assim, sempre subindo à medida em que a espiral caminha em direção à flor. Se você não fizer isso a haste se quebra e perde-se o botão. É muito importante.

10) Depois de as hastes serem enroladas da base em direção à flor, você pode posicionar a haste de maneira que as flores, ao se abrirem, fiquem separadas e equidistantes. O arame garante que elas fiquem na posição.

11) Finalmente, há casos mais simples, geralmente envolvendo apenas duas flores, em que a vareta não é necessária. Você só coloca uma espécie de separador de arame encapado, para separar as duas flores entre si.

Italo Gurgel é Jornalista e Presidente da Associação Cearense de Orquidófilos - ACEO.

6 comentários:

nilceia gazzola disse...

Adorei a materia... muito obrigada pela dica.

Anônimo disse...

o que fazer quando a haste se quebra?

Unknown disse...

Muito Boa matéria, me ajudou mt.

Unknown disse...

Muito Boa matéria, me ajudou mt.

Unknown disse...

Muito Boa matéria, me ajudou mt.

Unknown disse...

Muito interesante estudar muito