quinta-feira, 19 de maio de 2011

Eplc. Mae Bly 'Ching Hua Splash'

Optei por mostrar aqui de preferência as novidades que aparecem no mercado, em detrimento dos meristemões clássicos já bastante conhecidos. Este híbrido é de certa forma uma novidade, principalmente aqui no Brasil. Eu disse "de certa forma", pois o híbrido não é novo. Este é um Eplc, que significa Epilaeliocattleya, um cruzamento onde entra Epidendrum, Laelia e Cattleya. O Epidendrum em questão, hoje não é mais Epidendrum e sim Euchile, a lindíssima orquídea do noroeste mexicano Euchile mariae, flor média para pequena, com pétalas e sépalas verdes e um magnífico labelo branco. O híbrido foi registrado pelo orquidófilo norte americano Frederick Thornton em 1967 e é um cruzamento entre Euchile mariae e Lc. Ann Follis. A Lc. Ann Follis é uma orquídea de flor média, que dá em cachos multiflorais, tendo os segmentos estrelados na cor pêssego, com o labelo roxo avermelhado. O resultado foi um híbrido com flores estreladas de tamanho médio, muito parecidas com as da Lc. Ann Follis, só que na cor verde com o labelo magenta. Muitos clones deste híbrido foram premiados pela AOS no decorrer dos anos, mas todos eles sempre possuindo os segmentos estrelados e completamente verdes. A novidade deste clone 'Ching Hua Splash', o qual recentemente recebeu um AM da AOS, está justamente no "splash" que existe nas pétalas, que é esse flameado em forma de mancha grande esparramada, da cor do labelo. As pétalas desse clone também são mais largas e mais claras do que as dos demais clones, os quais não possuem o splash. No clone 'Ching Hua Splash' a cor de fundo das pétalas é branco creme ligeiramente esverdeado no centro, enquanto que nos clones convencionais as pétalas são inteiramente verde maçã. Está claro que a flor do clone 'Ching Hua Splash' é pelórica, o que explica o flameado, mas aí eu pergunto: de onde veio essa peloria? Temos na genealogia deste híbrido 50% de Euchile mariae, 25% de Cattleya granulosa e o restante são espécies cuja contribuição é de baixa proporção. São elas: Laelia xanthina, Laelia purpurata, Cattleya warscewiczii, Cattleya mossiae e Cattleya dowiana. Nenhuma das espécies acima citada é matriz de filhos pelóricos. Não temos aqui a Cattleya Moscombe, ou até mesmo a Cattleya intermedia, por exemplo. De onde poderia ter vindo essa peloria? O Ching Hua Orchids, de Taiwan, produtor do híbrido, nada fala sobre isso no seu site. Não achei nenhuma referência sobre o assunto na internet ou em livros que tratam de híbridos. O que posso fazer é especular e especulando chego à Laelia purpurata, pois existem exemplares de cruzamentos mais recentes, cujas pétalas são fortemente flameadas, descendência da Laelia purpurata estriata 'Milionária' e outras. Será que essas purpuratas naturais com pétalas largas e flameadas teriam alguma forma rudimentar de peloria? Já existem hoje clones de Laelia purpurata pelórica, ou trilabelo. Será que a Laelia purpurata, com apenas 7.81% de comparecimento na genealogia do híbrido teria forças para tanto? Fica aqui o mistério ainda sem resposta... Este híbrido possui a parte vegetativa robusta, de tamanho médio, com pseudobulbos alongados e bifoliados, cujas folhas são estreitas e pontudas, possuindo um verde lustroso e belo. A flor é de tamanho médio para um híbrido (11 cm de diâmetro), com substância muito pesada, textura cerosa e ao mesmo tempo acetinada. O labelo é aveludado. A haste floral da Eplc. Mãe Bly geralmente comporta muitas flores, mas no clone 'Ching Hua Splash' isso é raro de ocorrer, chegando a uma média de 4 flores por haste, uma suspeita de que seja tetraplóide. Uma coisa que chama a atenção é o forte perfume de limão doce. Este híbrido floresce de duas a três vezes ao ano. O cultivo básico é muita luz, substrato bem drenado e alta umidade ambiente. A planta é resistente ao frio, mas tolera bem o calor.


























Carlos Keller

Rio de Janeiro, RJ

carlosgkeller@terra.com.br

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cultivo de Catasetum

As dicas de cultivo e de recuperação das Catasetineas são do amigo Manoel Lourenço, da cidade do Porto, em Portugal. Estas também valem para orquídeas do gênero Cyrtopodium.

O que você vai precisar:

33% de casca de pinheiro ou pinus

33% fibra de coco

33% de esfago

Fertilizante no substrato de decomposição lenta 3 meses

Traços de calcáreo dolomítico

Perlite para drenagem (brita)

A atenção principal será para a cicatrização com "um coat de petróleo" em emulsão aquosa, com fungicida (canela) porque tendo apresentado apodrecimento, o risco de reincidência é maior, uma vez que terá de
ficar imerso no substrato, especialmente se a gema activa estiver numa parte muito elevado do "bolbo" velho, aliás, devem controlar regularmente.

Depois, é só manter o nível de água e fertilizar quinzenalmente.
Vejam as fotos para melhor compreensão:



 

























































Com este método você pode produzir muitos de seus Catasetum, ainda contribui para melhorar o meio ambiente aproveitando todas as garrafas pet´s.