quinta-feira, 21 de abril de 2011

Rhynchovola Jimminey Cricket 'Dragon Verde' HCC/AOS

Rhynchovola Jimminey Cricket 'Dragon Verde' HCC/AOS
Texto: Carlos Keller
Esta esquisita flor é um híbrido primário entre Rhyncholaelia digbyana e Brassavola nodosa. Rhynchovola (Rcv.) (Rhyncholaelia x Brassavola) é uma abreviatura recente, pois até pouco tempo atrás o híbrido era chamado de Brassavola Jimminey Cricket, haja vista que a Rhyncholaelia digbyana era tratada por Brassavola digbyana. O híbrido foi registrado em 1974 pelo não mais existente Stewart Orchids, o qual por mais de 90 anos funcionou na cidade de Natchez, Mississippi, EUA. As flores são grandes e estas das fotos têm 16 cm de diâmetro. Da década de 70 para cá, o híbrido foi refeito inúmeras vezes, já que as matrizes são de fácil obtenção, mas uma vez que há grande variação nos clones usados, há também uma grande variação no híbrido em si. Podemos ver desde exemplares como este, com labelos enormes e pétalas e sépalas finas e frágeis lembrando mais a Brassavola, até alguns bem parecidos com a Rhyncholaelia. Eu pessoalmente gosto mais dos que se parecem com este clone 'Dragon Verde' das fotos, pois o aspecto bizarro das flores foge da mesmice de uma coleção só de orquídeas cattleyoides (parecidas com Cattleya). Jimminey Cricket, o homenageado, não é uma pessoa ou lugar como normalmente se pode acreditar, mas sim é o nosso conhecido Grilo Falante dos desenhos animados (fotos abaixo). Acredito que a cor verde do grilo tenha servido de inspiração aos autores do híbrido, que também é verde.



O clone 'Dragon Verde' foi julgado em 08 de junho de 1981 numa mostra de flores de Los Angeles, Califórnia, quando então recebeu um HCC de 78 pontos. O expositor foi Paul Bechtel, de San Bernardino, Califórnia. Vários clones deste híbrido foram meristemados e estão sendo vendidos no mercado. O seu cultivo deve ser o aplicado às brassavolas em geral, isto é, fixar a planta em uma placa de peroba, sem substrato. Caso você queira usar a placa num vaso ou cachepot, ponha dentro cubos de peroba ou outra madeira firme e rugosa. O exemplar da foto está montado em uma placa de peroba, a qual por sua vez está fixada de maneira inclinada em um cachepot de madeira, tendo os seus espaços vazios preenchidos por cubos de peroba. Caso você cultive as suas orquídeas em uma área muito seca, sugiro o uso de uma mistura de quenga de côco ou pedaços de carvão mais brita nº1 (50-50%) no lugar dos cubos de peroba, mas nunca dispense a placa. A parte vegetativa deste híbrido é interessantíssima, pois as folhas são firmes e duras, assemelhando-se às folhas de uma planta suculenta (foto nº1). O grande labelo verde pálido e ligeiramente franjado, possui uma linda textura cheia de veias verde maçã, a mesma cor das pétalas e sépalas. Uma grande touceira deste híbrido é pódio certo nas exposições.

















Carlos Keller

Rio de Janeiro, RJ

carlosgkeller@terra.com.br

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