Jardim Botânico em São Gonçalo do Amarante

                Dia de São José, inicia o inverno no Ceará. Em meio ao otimismo do nordestino, que clamava por chuvas, saimos para o Garrote, onde fomos encontrar a amiga Teresinha, em sua aconchegante casa, mais parecida com casinha de boneca. É de admirar sua decoração com petúnias, arundinas, roseiras. Em cada canto o seu dedo de exímia artesã. No orquidário muitas orquídeas floridas e muito bem cuidadas. No jardim de pedras, um belíssimo Adenium obesum, que a presenteei no ano passado.

   As três orquidófilas (Juliana, Teresinha e eu) resolvemos fazer uma visitinha ao orquidário de São Gonçalo do Amarante, a poucos quilômetros dali. Este orquidário foi uma  feliz iniciativa da dona Beatriz Alcântara, ex primeira dama do estado do Ceará. Uma estrutura muito bonita, com orquídeas, bromélias e outras plantas. O jardim é belíssimo, com uma diversificação de árvores e palmeiras.

As orquídeas estão necessitando de um trato orquidófilo, serem envasadas e identificadas. Encontramos o Epidendrum ciliare, Cattleya labiata, Epidendrum difforme, Epidendrum fulgens, Bifrenária, Maxillaria, Schomburkia crispa, Cattleya intermedia, Prosthechia fragrans, entre outras. Uma coleção de bromélias, as quais também merecem ser identificadas.

A Juliana relacionou várias orquídeas para numa próxima visita, a qual pretendemos fazer juntamente com a ACEO, já levar as etiquetas para serem colocadas nos vasos. Um dia de mutirão deixaremos todo o orquidário limpo, orquídeas envasadas e com seus respectivos nomes.

Diria que o dia foi simplesmente maravilhoso. O Sr. Ivan, administrador do jardim, muito receptivo, nos falava das plantas e de seu grato trabalho e nós o escutamos como boas  alunas.

Juliana a frente de uma Brassavola tuberculata lindamente florida.

Um belo arranjo de orquídeas e bromélia, uma combinação perfeita.

Uma touceira de Prostechea fragrans e seu delicioso perfume.

                Retornamos para o almoço na casa da Teresinha, quando já passava do meio dia. No carro pensamos em conjunto, tão bom que todas as árvores tivessem uma placa com o nome popular e científico, assim o parque seria, não somente um ponto turístico, mas um lugar de estudo para biólogos, agrônomos e pesquisadores em geral. Como vemos no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, é preciso cobrar ingresso, cujo dinheiro é revestido na manutenção do mesmo. Sugiro uma cantina, onde as pessoas possam fazer um lanche, tomar um sorvete ou simplesmente uma água. Com o investimento que foi aplicado ali, dá para atrair muitos visitantes. Não vamos abandonar mais um jardim botânico no Ceará.

Não resisti e posei diante desta linda trepadeira, a bougainville, mais conhecida por primavera.