segunda-feira, 27 de julho de 2009

Classificação da Cattleya labiata segundo João Paulo Fontes

Cololorido da Flor Distinção do labelo
Grupos

1. alba
2. alba plena
3. caerulea
a. ametistina
b. ardósia
c. caerulea
d. violeta

4. concolor
5. flamea
6. lilás
7. pérola
8. rosada
9. rubra
10. semialba
a. amoena
b. solferina


11. semi concolor
12. suave
13. vinicolor
14. pelórica


Desenho do labelo
· anelato
· atro
· estriato
· íntegro
· marginato
· oculato
· orlato
· puntacto
· venoso
· venoso estriado



var. alba – “Pétalas, sépalas e labelo branco puro, apresentando no interior do tubo o colorido amarelo, que pode variar do ouro ao limão.






var. alba plena – “Sépalas, pétalas e labelo branco puro, não apresentando no interior do tubo o colorido amarelo, mas nuances verde-claro”.










var. caerulea - ¨Pétalas e sépalas ligeiramente azuladas, de intensidade variável, apresentando no lóbulo frontal do labelo um tom mais intenso e no interior do tubo o colorido amarelo”.








Variação do Labelo:
· ametistina – lóbulo frontal cor de ametista.






· ardósia – lóbulo frontal azul aço.


· caerulens – lóbulo frontal apresentando um tom malva, quase chegando ao concolor.












· violeta – lóbulo frontal roxo azulado.


var. concolor – “Sépalas, pétalas e labelo de um único colorido uniformemente distribuído, podendo apresentar no lóbulo frontal um tom suavemente mais intenso, mas sem manchas ou traços. O interior do tubo apresenta a característica amarela”.






var. flamea – “Sépalas e pétalas de colorido lilás, entre o médio e o escuro, apresentando nas pétalas uma tonalidade mais intensa, que se estende ao meio em direção ao ápice. O lóbulo frontal do labelo é purpúreo e a fauce pode ser ou não esbranquiçada, com o colorido amarelo superposto, que avança pelo interior do tubo”.




var. lilás – “Sépalas e pétalas lilás variável. O lóbulo frontal do labelo apresenta variação de colorido, solferino ao purpúreo, encontrando-se no interior do tubo o amarelo, que varia do ouro ao cobre”. João Paulo Fontes considera a var. lilás como sendo a “tipo”.






var. pérola – “Sépalas e pétalas brancas, tingidas de um róseo suave. Lóbulo frontal do labelo variando do purpúreo ao sanguíneo, apresentando no interior do tubo o colorido amarelo”. Muitos orquidófilos a consideram uma falsa semialba.



var. rubra – “Sépalas e pétalas lilás escuro, quase rubro; o lóbulo frontal do labelo é purpúreo, não apresentando o esbranquiçado das fauces, que são lilás escuro, com superposição do colorido amarelo-ocre, que se estende pelo interior do tubo”.






var. semialba – “Sépalas e pétalas brancas, com lóbulo frontal do labelo colorido, apresentando no interior do tubo a tonalidade amarela”. As identificações que serviriam como parâmetro dos tons apresentados no lóbulo frontal seriam: amoena e solferina. Assim, adotaríamos a seguinte designação para identificarmos uma flor dentro desta categoria:
Cattleya labiata Lindl. var. semi alba – amoena
Cattleya labiata Lindl. var. semialba – solferina



var. amoena – terminologia latina que significa amena, suave, fresca, deliciosa. Assim sendo, também não identifica uma cor específica, podendo aplicar-se a qualquer coloração básica.




Definição: “Sépalas, pétalas e labelo brancos, com o lóbulo frontal lilás róseo claro, apresentando no interior do tubo a coloração amarela”. Outros a identificam como Foleyana. Hoje sua descrição é totalmente diferente da que hoje adotam para esta designação. “Sépalas e pétalas avermelhadas, de fauce alaranjada; a frente do labelo é vermelho-roxeado.



var. semi concolor – “Sépalas, pétalas e labelo de um colorido uniformemente distribuído; o lóbulo frontal do labelo pode apresentar-se com uma tonalidade suavemente mais intensa, ocorrendo às vezes pequenas estrias, traços ou pontos, que variam de floração para floração. A fauce pode apresentar manchas esbranquiçadas com a característica coloração amarela, que se estende pelo interior do tubo”.


var. suave – “Sépalas e pétalas brancas, com um sopro róseo quase imperceptível; o lóbulo frontal é de um tom lilás-rosa claro, podendo chegar ao carneo; o interior do tubo apresenta a coloração amarela”. Alguns orquidófilos classificam esta orquídea como “amesiana".




var. pelórica – Flores que apresentam anomalias florais, que podem acontecer na distribuição distorcida de suas cores ou na formação dos segmentos florais. A mais comum acontece na transformação das sépalas inferiores em falsos labelos. Diversas outras mutações se apresentam nas pétalas, sépalas e nos labelos. Pode ocorrer o fenômeno em qualquer variedade, sendo encontrado com maior freqüência, no entanto, na variedade “lilás”.



O autor não considera “Marmorata” como uma variedade da Cattleya labiata, uma vez que as falhas de pigmentação são provenientes de vírus ou de deficiência hormonal.



Desenho do Labelo


Com exceção das variedades “albas” e “concolor” todas as demais podem apresentar desenhos variados no lóbulo frontal do labelo que, pelas suas características, devem ser identificados, não devendo, porém, serem consideradas como variedades individualizadas, pois estarão antes enquadradas no seu grupo de cor.
Os desenhos mais comuns e que podemos considerar com básico são os seguintes:



1. (anelato) – apresenta na entrada do tubo um colorido em forma de anel.



2. (atro) – quando o colorido escuro do labelo estende-se pela parte externa do tubo até a sua junção com os outros segmentos florais.


3. (estriato) – estria escura sobre o colorido base do labelo.


4. (íntegro) – quando a mancha escura do lóbulo frontal estende-se pela parte interna do labelo, penetrando pelo tubo.


5. (marginato) – quando a mancha escura que preenche todo o lóbulo frontal do labelo fica separada do bordo deste por uma margem, que pode ser mais ou menos acentuada.

6. (oculato) – apresenta, na entrada do tubo, duas manchas laterais separadas, dando a impressão de olhos.

7. (orlato) – quando a mancha escura do lóbulo frontal do labelo estende-se pela orla superior do mesmo.

8. (puntacto) – quando o lóbulo frontal do labelo apresenta uma mancha pequena, de tonalidade mais escura.

9. (venoso) – veias escuras, que muitas vezes se entrecortam, sobre o colorido base do labelo.


10. (venoso estriado) – esta classificação é vulgarmente identificada como MOSCA; no entanto, é uma classificação tão asquerosa para uma criação da natureza tão delicada e bela, que no meu entender devemos abandoná-la. A característica deste labelo realmente lembra um inseto esmagado, mas por outro lado também faz parecer um aglomerado de veias que se unem a uma estria central. Assim, acho que devemos identificá-lo como (venoso estriado).

Fonte: Cattleya labiata Lindly - A Rainha do Nordeste Brasileiro

João Paulo Fontes

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